O Egito anunciou que, na próxima semana, vai fazer revelações importantes sobre a família e filiação de Tutankhamon, um dos grandes mistérios da antiguidade faraônica, com a ajuda de análises ao DNA.
O anúncio deverá ser feito no Museu de Arqueologia do Cairo, onde está exposto o tesouro descoberto em 1922 no túmulo do jovem faraó da XVIII dinastia, que morreu há mais de três mil anos.
O diretor do museu, Zahi Hawass, disse estar em condições de revelar “os segredos sobre a família e filiação de Tutankhamon, com base nos resultados das análises científicas à sua múmia”.
Hawass, que se opôs a que os testes ao DNA fossem realizados no estrangeiro, anunciou em Junho do ano passado que investigadores egípcios estavam tentando solucionar o enigma da filiação do faraó.
A múmia do jovem príncipe proclamado rei com uma idade estimada de nove anos foi descoberta num sarcófago em ouro maciço pelo arqueólogo britânico Howard Carter, no Vale dos Reis, perto de Luxor.
O túmulo continha um tesouro excepcional, nomeadamente a máscara da múmia em ouro maciço que muito contribuiu para fazer de Tutankhamon um dos faraós mais conhecidos, mesmo que o seu reinado de uma dezena de anos tenha sido modesto.
A possibilidade de uma filiação com Nefertiti e a morte quando ainda era adolescente, fazem com que “a parte romântica desta história seja incontestada”, considera o egiptólogo francês Marc Gabolde, que se especializou na história do jovem rei.
Mas apesar das investigações intensas, a sua ascendência exata ainda não foi precisada com exatidão, bem como as circunstâncias exatas da sua morte – doença, acidente ou assassinato – continuam a ser um enigma.
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Tutankhamon é um dos mais míticos, senão o mais, faraós do Antigo Egito, tendo falecido pouco tempo depois da
adolescência. O Rei Tut, como também é conhecido, foi casado com a sua meio-irmã Ankhsenpaaton que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon. Tutankhamon subiu ao trono com nove anos e faleceu dez anos depois, sem deixar herdeiros. Durante o seu curto reinado restaurou os cultos aos deuses e os privilégios aos sacerdotes. Devido ao fato de Tutankhamon ter falecido tão novo, o seu túmulo não possuía o fausto de outros faraós. No entanto, graças à imortalidade de seu túmulo — foi encontrado quase intacto no ano de 1922 –, este foi o que criou o maior fascínio nos egiptólogos. Nele foi possível encontrar peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egito de 3.400 anos atrás.
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